Olimpíadas de Pequim começam após cerimônia da harmonia e opulência.

Por Pollyana Nascimento. Em 10/08/08 16:14. Atualizada em 20/07/16 08:33.

Os Jogos Olímpicos é visto pelo país como a chance de mostrar uma nova cara e impressionar o mundo. E a cerimônia foi grandiosa como os mais de 1,3 bilhão de pessoas, o crescimento econômico de cerca de 10% ao ano e os gastos que bateram a casa dos US$ 40 bilhões.

Em seguida, o país passou a apresentar suas invenções ao mundo: a pólvora, o papel, a escrita e a bússola, tendo a preocupação de misturar o antigo e o novo. No telão do estádio, a organização explicava a parte artística do evento em três línguas (inglês, francês e mandarim). A interação com o público, aliás, ganhou atenção especial da direção, que distribuiu um kit para que cada um dos 91 mil pudesse ajudar na plasticidade da cerimônia, fosse com um lenço, uma lanterna ou um tambor. Mas parte da platéia não aderiu, deixando os objetos de lado.

No centro do estádio, artistas se revezavam em coreografias bem ensaiadas, usando bastante efeito de luz e alegorias opulentas. A cerimônia ainda rendeu suas homenagens à evolução comercial do país com o Ocidente, superando o período das dinastias, e mostrou a preocupação com o meio ambiente, através da representação de uma pipa e a ligação dos chineses com a natureza, contrastando com a preocupação atual de atletas com os altos índices de poluição em Pequim.

Depois da execução da música-tema dos Jogos, teve início o desfile das delegações. Como manda a tradição, a Grécia foi a primeira a entrar no Ninho de Pássaro com o judoca Ilias Iliadis levando o pavilhão.

Às 10h30 (de Brasília), o velejador Robert Scheidt pisou no estádio com a bandeira brasileira. Com muitas máquinas fotográficas, a delegação vestiu paletó verde, calça azul e chapéu branco com uma faixa em verde e amarelo. A torcida aplaudiu bastante a equipe, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saudava os atletas.

O público procurou ser simpático com todas as delegações, aplaudiu efusivamente Hong Kong e Taiwan, territórios chineses, assim como rivais históricos como Japão e EUA. Mas coube também aos norte-americanos as únicas vaias da platéia, mesmo que tímidas, dirigidas ao seu presidente, George W. Bush, quando este foi mostrado no telão.

Foram 204 nações, já que Brunei foi excluído a poucas horas do início da cerimônia, com a dona da casa fechando o desfile. O jogador de basquete Yao Ming teve a missão de ser o porta-bandeira da maior equipe dos Jogos e que pretende, enfim, ser a líder do quadro de medalhas, superando os EUA e a Rússia.

Em seguida, o presidente do comitê organizador fez seu discurso e o presidente do COI, Jacques Rogge, lembrou das vítimas do terremoto, que atingiu principalmente a província de Sichuan, neste ano, antes que Hu Jintao, o presidente chinês, inaugurasse as Olimpíadas que têm a missão de mostrar a nova faceta da nação no maior evento poliesportivo do mundo, que durará os próximos 16 dias.

Fonte: UOL