Universidades federais vão dobrar número de vagas até 2009

Por Pollyana Nascimento. Em 22/09/08 19:15. Atualizada em 24/01/12 08:26.
Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, produzida pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República transmiti o ministro Fernando Haddad, da Educação falou sobre o programa de expansão das universidades federais, que vai até 2010 e abrirá 35 mil novas vagas de graduação a cada ano

Leia os principais trechos.

Investimento na infra-estrutura das universidades - No ano que vem, o orçamento para ampliação de salas de aula, bibliotecas, restaurantes universitários e laboratórios será de R$ 1 bilhão, para adequar as instituições às novas demandas. Em 2003, eram oferecidas 113 mil vagas pela rede federal para candidatos do Brasil todo. em 2009, nós dobramos as vagas. Serão 227 mil vagas, levando as universidades federais para o interior dos estados.

Escolas técnicas (Cefets) - Tínhamos, em 2002, apenas 140 escolas técnicas federais no País. Até 2010, estarão funcionando 354. Ou seja, estamos mais do que dobrando as oportunidades de formação profissional por meio da rede federal.

Interiorização - Não é só educação profissional, também é educação superior, que está sendo levada, para as mais diferentes regiões do País. Hoje, toda a mesorregião do Brasil tem uma unidade federal de ensino. tínhamos 68 municípios atendidos pela Rede Federal de Educação Superior. Até 2010, teremos 185 municípios atendidos.

Universidades particulares - O setor privado só investiu no ensino porque o Estado não investiu. Ficamos muito tempo sem investir nas universidades federais. Portanto, temos um atraso enorme, que está sendo coberto pelo governo com a ampliação das vagas e queremos chegar a 2010 com algo em torno de 280 mil vagas de ingresso. Em oito anos, teremos saltado de 113 mil para 280 mil vagas na rede federal.

Prouni - Os mesmos que disseram que estávamos prejudicando a qualidade, ao matricularmos os alunos no Prouni, dizem agora, que vamos prejudicar a qualidade, matriculando nas universidades públicas. Na verdade, precisamos nos valer de todos os mecanismos para a ampliação do acesso à educação superior e à educação profissional no País. Faço referência a cinco programas de democratização do acesso à educação superior: o Reuni, o Prouni, a Universidade Aberta do Brasil, aos Institutos Federais e o Fies. E esses grupos são contra os cinco. Ou seja, não apontam uma solução alternativa para a democratização do acesso a educação superior.

América Latina - Está tramitando no Congresso o projeto de lei criando a Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, que será, com certeza, um referencial em educação para toda a América. A idéia é criar uma mentalidade de integração latino-americana, formar profissio nais em todas as áreas do conhecimento, que pensem o continente e não apenas o seu país. Isso vale para Letras como vale para Direito. Vale para Engenharia como vale para Medicina. Nossa esperança é realizar os vestibulares, já para o segundo semestre de 2009. A convivência de brasileiros com latino-americanos, que falam espanhol, permitirá um novo olhar sobre as nossas possibilidades de integração, não apenas do ponto de vista econômico, mas também, do ponto de vista cultural.

Plano Nacional da Educação - A meta é que 30% da população brasileira, entre 18 e 24 anos, esteja matriculada, em algum curso de ensino superior. O Reuni, que expande as vagas nas federais; a expansão dos institutos federais, os atuais Cefets, que vão reservar 30% do seu orçamento para graduações tecnológicas; a Universidade Aberta do Brasil, que são cursos federais a distância, ministrados pelas universidades federais, portanto, cursos com qualidade; o Prouni; e o Financiamento Estudantil, que passou por um aperfeiçoamento importante, dispensando a figura do fiador, diminuindo juros, alongando prazos de financiamento, estabelecendo prazo da carência para que o aluno pudesse obter o financiamento e se formar.

Prioridades do PAC da Educação para a Amazônia - Estamos investindo da creche à pós-graduação em todos os estados. Não há uma única etapa sendo queimada nesse processo de ampliação do financiamento da educação. Os estados da região Norte estão recebendo, ao mesmo tempo, recursos para expansão da rede de educação infantil, creches e pré-escolas, recursos para instalação de Cefets, recursos para a interiorização das universidades federais, recursos do Fundeb.

Capacitação de professores - Estamos formando 12 mil doutores por ano - mais do que suficiente para a necessidade atual do País de contratação d e docentes para as novas universidades federais que estão sendo instaladas. Para nossa satisfação, fizemos um acompanhamento fino dos concursos públicos e das contratações. E a titulação e o currículo desses docentes está nos surpreendendo positivamente.

Ensino de crianças com deficiência - Todo ano o brasileiro escuta que 97% das crianças estão na escola. Mas estamos preocupados com os 3% que não estão na escola. E, dentre esses 3%, boa parte é de crianças entre 7 e 14 anos que têm uma deficiência auditiva ou visual e precisa de uma atenção especial. Temos todos os expedientes para atender melhor essas crianças. Se quisermos avançar para além dos 97%, vamos precisar, por meio de decreto, ampliar as políticas públicas voltadas para pessoas com deficiências.

Fonte: Governo Federal